Nos 21 anos da cidade de Freamunde

Em dia de festa, a comemorar mais um aniversário, inauguramos mais uma vez o novo centro urbano de Freamunde. A consensual destruição da Praça, deu lugar ao “novo” centro que agora foi remodelado e hoje inaugurado. Quarenta anos de decisões mas sobretudo de inações que nos mostra a cidade que temos. Aberta a todos mas privada de investimento público reprodutivo que atraia visitantes e os convide a cá ficar.

Uma cidade integrada num “concelho urbano” e que perde no seu desenvolvimento estrutural para a sua cidade concorrente e sede administrativa onde se concentram serviços e se projectam ainda mais investimentos, como a nova escola profissional.

A economia política subjacente as estas decisões coloca assim Freamunde a subir numa escada que desce enquanto a sede e as freguesias do concelho se desenvolvem dado que favorecidas pela decisão pública actual.

E se num concelho pequeno se compreende o desenvolvimento integrado de todas as freguesias marcadas pela economia aberta que a todas beneficia, é difícil perceber que um concelho com duas cidades, condene uma delas à privação do investimento estrutural, nomeadamente na área da educação média e superior.

Parece existir uma reserva mental que impede a nossa classe política de olhar para o concelho urbano com a liberdade criativa de ninguém prejudicar, preocupada que parece estar na gestão do equilíbrio circunstancial do valor partidário que a todos condiciona.

As obras de decoração que hoje inauguramos são uma satisfação de todos, mas ficamos com água na boca por nos faltarem as dinâmicas que perdemos e por não termos recebido resultado nenhum das promessas acumuladas. E não as vamos assinalar aqui, pois são do conhecimento de todos.

Em dia de festa que todos merecem, um voto de confiança nos freamundenses – todos temos a função de explicar melhor que Freamunde merece mais.

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As imagens documentais da criação da

nossa cidade