Como entalar o Primeiro-Ministro?

Bullying político na Corte de Lisboa

Escolhido por António Costa para seu secretário de Estado com funções de coordenação do Governo, o ex-autarca de Caminha experimentou o vinagre do vinho velho da corte que, ao que parece, conhecia mal.

A “oportuna” divulgação de um contrato feito, em nome da autarquia, foi escalpelizado à exaustão tendo o processo sido “concluído” com a acusação feita pelo Ministério Público que obrigou Miguel Alves à demissão.

Da análise à documentação disponível, verifica-se que a lei não foi ferida, tendo o então presidente da Câmara actuado no âmbito das suas competências. Como sabemos, para os republicanos o critério moral/ético de avaliação das acções é o “cumprimento da lei” ( o que de facto é pouco!). Tendo, pois, cumprido a lei porque se demitiu?

E voltamos ao bullying….. Fornecida (por quem?) a informação do contrato de Caminha, importava afastar (de quê?) este general, do círculo político de Costa (Chamem o António…. canta o Toy). E caiu!

Nos corredores do PS militantes (quase paramilitares nas concelhias) há muito que ocupam o tempo na “marcação” de fidelidades, e Miguel Alves – também presidente da Federação Distrital do PS de Viana do Castelo – estava a dar os primeiros passos para entrar nesta luta. Vítima pois de fogo “amigo”, cai em combate.

Outros se adiantarão para a linha da frente, mirando a onda do ministro Santos, mas todos em conjunto experimentam o cansaço do palpite: é que António Costa resiste e parece alimentado a pilhas “duracel”